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Mostrando postagens de maio, 2020

Perceptum

Gregory in the Swimming Pool (1982), David Hockney A percepção não é a apreensão da forma, mas a solução de um conflito, a descoberta de uma compatibilidade, a invenção de uma forma (...) A partir disso, as leis da boa forma são insuficientes para explicar a segregação das unidades no campo perceptivo [349] (...) Se não houvesse uma tensão prévia, um potencial, a percepção não poderia chegar a uma segregação das unidades que é ao mesmo tempo a descoberta da polaridade dessas unidades [351].  Tais "bits" de perceptum conduzem-nos aos joiners de David Hockney: From that first day, I was exhilarated ... I realized that this sort of picture came closer to how we actually see, which is to say, not at all once but rather in discrete, separate glimpses, which we then build up into our continuous experience of the world ... There are hundred separate looks across time from which I synthetize my living impression of you. And this wonderful. (citado no livro How to Do Noth

Cristais

Crystal Gradation, 1921, Paul Klee Um cristal é indivíduo não porque possui uma forma geométrica ou um conjunto de partículas elementares, mas porque todas as propriedades ópticas, térmicas, elásticas, elétricas, piezoelétricas sofrem uma variação brusca quando se passa de uma face para a outra; sem essa coerência de uma multidão de propriedades com valores bruscamente variáveis, o cristal seria apenas uma forma geométrica associada a uma espécie química, e não um verdadeiro indivíduo. Aqui, o hilemorfismo é radicalmente insuficiente, pois ele não pode definir esse caráter de pluralidade unificada e de unidade pluralizada feito de uma feixe de relações quânticas (p. 356). A expressão "pluralidade unificada e de unidade pluralizada" por certo remete ao "diferenciar do não-diferenciável, ou a unidade do diferente", de Hegel. No livro  Fenomenologia do Espírito , precisamente no segundo parágrafo de Die Bestimmung [169], lemos: Porém, nesse meio simples e universa

Colunas

Gravura de Regola delle cinque ordini d'architettura (1562), Giacomo Barozzi da Vignola As leis da boa forma são insuficientes para explicar a segregação das unidades no campo perceptivo; (...). Elas se aplicam mais à transformação e à degradação das formas do que à sua gênese. (...) Mas um círculo ou um quadrado, não obstante a sua simplicidade, são formas superiores à que um artista inventa? Se assim fosse, a coluna mais perfeita seria um cilindro; ela é, ao contrário, uma figura de revolução não somente adelgaçada, degradada nas duas extremidades, mas ainda não-simétrica relativamente ao seu centro, com um diâmetro maior estando localizado abaixo do meio da altura, segundo as Regras de Vignola. (pp. 349-50)